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Foto do escritorJu Salty

Mana a Mana: Combatendo o Etarismo com Atitude! |1ª Temp. Ep 2.

Atualizado: 19 de nov.




A indústria musical, tradicionalmente centrada na juventude, vive uma transformação profunda ao reconhecer e celebrar artistas com mais de 70 anos. Nomes icônicos como Elba Ramalho, Simone, Ângela Ro Ro, e Maria Bethânia continuam ativas, quebrando barreiras e redefinindo o que significa envelhecer com autenticidade e talento. Essas mulheres são verdadeiras inspirações, trazendo ao palco uma carga de experiência e profundidade artística que influencia novas gerações.

Apesar dessa rica trajetória, o etarismo – preconceito com base na idade – ainda é uma realidade para muitas dessas artistas. A discriminação por idade afeta principalmente as mulheres, como bem colocou Madonna em seu emblemático discurso ao ser reconhecida como "Mulher do Ano" pela revista Billboard em 2016. A Rainha do Pop destacou que, ao envelhecer, as mulheres na indústria musical enfrentam críticas e são marginalizadas, enquanto os homens mais velhos frequentemente recebem reconhecimento e admiração.

Nunca houve tantas artistas com mais de 70, 80 e até 90 anos ativas e influentes na música brasileira. Personalidades como Dona Onete, Alaíde Costa e Zezé Motta desafiam as expectativas de que, ao envelhecer, o lugar de uma mulher seria longe dos holofotes. Alaíde Costa, por exemplo, aos 89 anos, acaba de lançar um novo álbum, provando que a arte não tem data de validade.

Essas artistas acumulam décadas de experiência e domínio de palco, tendo passado por inúmeras fases e desafios ao longo de suas carreiras. Com isso, conseguem se conectar a diferentes gerações e adaptar suas vozes e estilos a contextos musicais variados. Essa longevidade e constante reinvenção inspiram novas artistas e trazem um frescor singular à indústria, demonstrando que a experiência traz uma profundidade única que apenas o tempo pode oferecer.


DJ Sônia Abreu: Pioneirismo e Legado na Música Brasileira


Uma das pioneiras dessa força feminina na música é a DJ Sônia Abreu, amplamente reconhecida como a primeira DJ do Brasil. Sônia Abreu desbravou o cenário musical brasileiro nos anos 1970, levando o conceito de DJ para uma época em que isso era praticamente desconhecido e em que o protagonismo feminino na cena era ainda mais raro. Com seu repertório diversificado e inovador, ela criou um espaço para mulheres na música, inspirando gerações inteiras de DJs e artistas a verem na profissão uma expressão autêntica e poderosa de arte e identidade cultural. Sônia não apenas fez história, mas também deixou um legado inestimável que ecoa na indústria musical até hoje.


Madonna e a Luta Contra o Etarismo na Música


Em seu discurso de 2016, Madonna fez um alerta direto ao etarismo na indústria musical, ressaltando como as regras são diferentes para homens e mulheres. "Não envelheça", aconselhou ela em tom irônico, explicando que, enquanto jovens artistas podem expressar sua sexualidade e originalidade, as mulheres que envelhecem enfrentam pressões para se manterem sempre atualizadas e "aceitáveis" ao olhar masculino. Sua fala destaca o etarismo como uma forma de opressão que impõe limites à expressão das artistas, criticando duramente o tratamento desigual.

A declaração de Madonna ecoa no cenário atual, onde muitas mulheres enfrentam barreiras para se manterem em evidência, mesmo com décadas de sucesso. Sua luta inspira veteranas e jovens artistas a exigirem respeito e espaço para se expressarem em todas as fases de suas vidas e carreiras.


Artistas Com Mais de 70: Uma Nova Percepção Sobre o Envelhecimento


A presença constante de artistas com mais de 70 anos na música representa uma quebra de paradigmas. O público está cada vez mais aberto e interessado em valorizar essas vozes experientes e histórias de vida que trazem uma visão única para suas músicas. As narrativas de Elba Ramalho, Ângela Ro Ro e Cátia de França, entre tantas outras, inspiram e emocionam por sua autenticidade e resiliência.

A popularidade dessas artistas com o passar das décadas mostra que o envelhecimento pode ser celebrado e que a música é um meio poderoso para redefinir a idade como algo positivo. Esse movimento reflete também uma mudança cultural onde as pessoas começam a valorizar mais o legado e a contribuição artística do que a idade dos artistas.


Desafios Enfrentados e o Papel da Colaboração


Manter-se relevante em um mercado musical que se transforma rapidamente não é fácil, e o preconceito etário é um desafio constante. Ainda assim, muitas dessas artistas adotam estratégias de reinvenção e colaboração para alcançar novos públicos. Colaborações com DJs e artistas mais jovens permitem a elas inovar em suas sonoridades e alcançar públicos diferentes, mantendo-se assim atuais e influentes.

Além disso, a ascensão das redes sociais tem sido uma ferramenta poderosa para essas artistas. Plataformas como Instagram, Facebook e YouTube proporcionam uma conexão direta com os fãs, permitindo que elas compartilhem suas histórias e obras com uma audiência global. Assim, conseguem fortalecer seu legado, criar novos laços e até mesmo participar de tendências e movimentos musicais contemporâneos.


A Importância do Reconhecimento e do Apoio da Mídia e das Marcas

É essencial que a mídia, as gravadoras e os patrocinadores promovam essas artistas e ofereçam oportunidades iguais, mostrando ao público que a música não tem idade e que o talento só cresce com o tempo. Essa mudança de atitude no reconhecimento dessas artistas também representa um avanço importante para a luta pela equidade de gênero e de idade, um desafio contínuo em uma indústria que, historicamente, favorece a juventude e impõe padrões de beleza e comportamento.


Convite para o Videocast:


Para aprofundar ainda mais esse tema e ouvir diretamente de grandes nomes do cenário musical, convidamos você a assistir Mana a Mana com as DJs Mari Rossi e DJ Donna. Em uma conversa inspiradora, elas compartilham suas experiências de carreira, discutem os desafios do etarismo, e refletem sobre a importância de se reinventar continuamente em uma indústria marcada pela inovação e juventude. Não perca essa oportunidade de conhecer a perspectiva dessas artistas incríveis e descobrir o que elas têm a dizer sobre longevidade  e inspire-se com as histórias e insights dessas mulheres que marcam gerações!




Equipe: 


Direção  Executiva: Ju Salty

Produção, roteiro e curadoria: Ju Salty 

Direção Técnica (captação/ edição / Reels ) : Rodney Suguita

Designer gráfica: Lu Salty

Vinheta: Lu Salty 

Designer gráfica:  (flyers) Maravilha

 Trilha sonora vinheta: Rafa Jazz

Marketing Digital: Ju Salty 

Assessoria de  imprensa: Kelly Santos 

Tradutora Libras: Karina Oliveira e Thalita Passos

Apresentação: DJ Carlu 


Agradecimentos: o Governo do Estado de São Paulo, a Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, o Governo Federal, o Ministério da Cultura e a Lei Paulo Gustavo de Incentivo à Cultura. 

 




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